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ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO
Colaborar com os empregadores é vital para os prestadores de EFP,
particularmente em programas de dupla certificação – escolar e profissional. Os
empregadores também precisam dos prestadores de EFP para alcançar uma
força de trabalho que reúna as competências e as qualificações adequadas às
suas necessidades. Apesar disso, nenhuma dessas funções é tão crítica quanto
assegurar uma relação adequada entre o EFP e as empresas. Para as
organizações participantes no BRIDGES, esta relação significa trabalhar com
empregadores em vários ambientes e atividades, durante um período
prolongado, de uma forma que construa confiança através da cooperação e de
interesses comuns e que conduza a resultados mutuamente bem-sucedidos.
O envolvimento dos empregadores resulta em vários benefícios em cada etapa
dos programas de EFP, especialmente na conceção e na implementação dos
percursos de FCT. O envolvimento eficiente dos empregadores também é vital
no contexto global atual, complexo e em mudança. A lenta recuperação
económica, a pandemia COVID-19, as transformações digitais e verdes, os
requisitos de qualificações mais elevadas e a inadequação de competências
tornam as parcerias com o EFP mais relevantes. Mas iniciar tais relações e
garantir o seu sucesso e sustentabilidade não é um processo simples.
Para que os programas de EFP sejam bem-sucedidos, é essencial compreender
a natureza das competências e das profissões exigidas pelo mercado de trabalho
e preparar bem os formandos para qualificações de elevado valor acrescentado
nesses setores de atividade. Para tal, é necessário construir relações win-win no
relacionamento entre o EFP e as empresas. De facto, a cooperação entre
prestadores de EFP e empregadores é muito importante tanto para a qualidade
do processo de formação, como para garantir que os futuros colaboradores
terão as competências de que o mercado de trabalho necessita.
Aproximar-se dos empregadores enquanto parceiro relevante e impactante
significa olhar além das necessidades imediatas dos prestadores de EFP e dos
currículos e procurar formas de tornar os empregadores locais/regionais e/ou
os setores profissionais competitivos. Requer a criação de oportunidades
contínuas para a resolução de problemas, bem como o desenvolvimento
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